A Terapia Ocupacional, carinhosamente chamada de “T.O.”,
é uma profissão da área da saúde, com forte inserção nas áreas social e da
educação, buscando o desenvolvimento, tratamento e reabilitação de indivíduos
que tenham seu desempenho ou sua convivência social prejudicados por problemas
motores, cognitivos e emocionais.
Para proporcionar o bem-estar do paciente e
considerando o conceito de Saúde em seu amplo significado, não apenas como a
ausência de doença, o profissional terapeuta ocupacional emprega tecnologias e
atividades diversas para gerar a autonomia de indivíduos com dificuldade de
integrar-se à vida social em razão de problemas supracitados. Desta forma, cabe
ao profissional elaborar planos de reabilitação em atividades cotidianas,
buscando não somente resgatar a autoconfiança do paciente, como também
orientá-lo quanto a seus direitos de cidadão, respeitando a autonomia do
indivíduo.
Seus principais campos de trabalho incluem
clínicas, asilos, casas de repouso, instituições geriátricas, psiquiátricas e
penais, centros de saúde, de convivência e de reabilitação, hospitais psiquiátricos,
hospitais-dia, centros de atenção psicossocial, unidades básicas de saúde,
unidades de saúde da família creches e
empresas.
Em entrevista
concedida ao site www.tudobemserdiferente.com.br
, em 01 de Maio de 2013, a Terapeuta Ocupacional Elisa Andrade Marra afirma que
“Todas
as tarefas que fazemos em nosso cotidiano, ou seja, trabalhar, escrever, tomar
banho, cozinhar, dirigir, andar, brincar, estudar, dentre tantas outras, o T.O
é o profissional que auxilia as pessoas a restabelecerem suas habilidades
físicas, motoras, cognitivas ou psicossociais para o retorno a estas
atividades, manutenção das mesmas ou o aprendizado delas, de forma adaptada ou
não, dependendo da dificuldade de cada indivíduo. Sendo assim, a intervenção
pode ser através da reabilitação, habilitação, promoção ou prevenção”.
É de
senso comum pensar que a Fisioterapia e a Terapia Ocupacional, são a mesma
coisa e os profissionais exercem a mesma função. Não é bem assim! O terapeuta ocupacional vai atuar na reorganização
do dia-a-dia do paciente que tinha uma vida normal e agora enfrenta uma
dificuldade biológica, psicológica ou emocional, buscando readequá-lo à vida
social. É uma atividade distinta – porém complementar – da ação do
fisioterapeuta, que vai atuar mais na recuperação da parte físico-motora do
paciente, com recursos físicos, voltados à promoção, prevenção
tratamento e recuperação de pessoas que apresentem alterações do movimento e
suas consequências.
O terapeuta ocupacional atua, principalmente, na
questão emocional, de forma a auxiliar o indivíduo a voltar à sua rotina, com atividades lúdicas,
recreativas objetivando o maior grau de independência e autonomia possível do
paciente, promovendo a beneficência e não-maleficência, na
medida em que se enxerga o paciente como um todo, não apenas em aspectos
biológicos, para promove-lo o máximo de independência possível.
Dentre as múltiplas atividades do Terapeuta Ocupacional, podemos citar o tratamento ao
paciente oncológico. Em entrevista concedida ao Oncoguia, a Terapeuta
Ocupacional Patrícia Citó, atuante no Centro Regional Integrado de
Oncologia (CRIO), de Fortaleza, relata sobre como a terapia ocupacional pode
ajudar o paciente durante o tratamento do câncer. Segundo ela, “O terapeuta
poderá oferecer ao paciente em tratamento oncológico atividades manuais,
lúdicas, artísticas e expressivas; melhora na autoconfiança, bem-estar e auto
estima; exercícios terapêuticos; massagem, alongamento e relaxamento; técnicas
de controle da dor e da fadiga; confecção e indicação de órteses – aparelhos
utilizados para melhorar a posição das diversas partes do corpo, permitindo
movimentos ou evitando sequelas; acolhimento, apoio e escuta”.
Dotado de formação nas Áreas de Saúde, Educação e Ciências Sociais, moldado com um
perfil multidisciplinar, é ideal que o profissional dessa área tenha fortes
características de responsabilidade, paciência, dinamismo, empatia e uma visão
humanitária.
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